A ferida ainda estava lá. A pandemia, o descaso, o abandono. Tudo guardado, trancado na memória do povo. E então Jerônimo Rodrigues falou. Não como quem aponta o dedo, mas como quem revela o que sangra. Sua fala sobre enterrar o bolsonarismo foi isso: a abertura de uma ferida que o Brasil se recusa a tratar. E por isso foi atacado.
Ele não inventou a dor — só deu nome a ela. Sua fala não foi agressiva. Foi reveladora. E os que se beneficiam do silêncio correram para abafar o barulho. Mas já era tarde. Porque a verdade, uma vez dita, não volta para a boca. Ela vive na consciência.
Jerônimo será perseguido. Mas não será vencido. Porque sua fala veio de dentro. E o que vem de dentro resiste até depois do fim.
A ferida foi aberta. Agora é preciso curar. E Jerônimo já começou.
